segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

vontade de escrever!

Caros Amigos,

Hoje! deu vontade de escrever. E justo porque foi tão divertido ter tantas fotos para postar. Graças a tod@s e a Natália Pinho, que além de bela e generosa, tem um olha incomum. Estou tão grata que o mundo - aí com suas guerras e injustiças - amanheceu soprando vento bom.

Em geral, são passarinhos, ou um beija-flor atrevido que faz toc-toc à janela, que me despertam. Dessa vez foi a sintonia fina de uma música rara que trouxe até aqui.

Romeu do alto de pouco mais de meia dúzia de anos, sentenciou a única ausência da noite.

"Por que não tem telescópio? Luneta? Qualquer coisa para gente olhar mais de perto as estrelas?"

Boa pergunta, Romeu. Talvez porque entendi que elas estavam todas ali. Não por isso! Vamos providenciar, Romeu!

Afinal, depois que tua criadora, Aline Andrade, fez de nós o melhor desenho, tudo tornou-se possível.

E porque, como diria o outro Romeu: "é triste a dor de partir e eu te direi boa noite até que seja dia" ou seria "Boa noite, boa noite, boa noite! A despedida é dor tão doce que ficarei aqui te dizendo boa noite até que seja dia". Ou ainda"Estou ouvindo algo! Será o roxinol, o arauto da manhã, ou a cotovia? Rouxinol ou cotovia, o certo é que vem amanhecendo o dia!"
Fico com a certeza de que chegou o arauto da manhã.

E embora sempre me permita dizer, anuncio mais uma vez. Ali esteve a manhã da criação.

Esteve um entendimento de diferentes culturas e línguas mais repertórios musicias. Estava Biano nascido carioca, hoje morador de Berlim, Alemanha, e o vizinho Tommy. Numa perfeita sintonia com a índia Mãe da Lua. Thiago e Flávio e Jessé e o violino. E você seu Romeu, com sua fome de aprender. Teve Luciano Brayner de um sertão tão e teve mais. Houve poetas como Eunápio e Domingos. Recitadores e vozes femininas. Até uma Sereia!

'Inda quero dizer de texto que, não tão dirigido, saiu no começo. Há de notar mesmo - sem lentes de auxílio - uma presença. Kris Fournier. Nossa guru. E outras palestras estão por vir. Como mais raridades: talheres de prata e móveis antigos de Andréa Costa.

Outro "click", assim com palavras, na rede: www.interpoetica.com/ por inspiração!

Um caminho reto para olhar o céu, a lua, as estrelas lá longe. Um jeito de recontar a história e o olhar para o alto. Pedrinhas coloridas que vão mudando de lugar e somando, somando, somando. Gerando novas formas. Mandalas simples, fazendo-as girar.

Gira mundo, vira de ponta cabeça. Muda tudo. Tudo novo de novo. Ano novo porque já é outro. E eu sou quem ainda não fui. Não mudo-me. Modifico. Transformo o que sinto em movimento e vejo cores. Sons que ganham forma e tons. Tudo é bom.

Nossa Senhora Azul lá do alto. Do morro onde renasço, olha com carinho e afeição para os piedosos e impiedosos. Os necessitados e os abastados. Olha com tanta ternura que seu olhar consola. É desse amor que falo. Que espalho. Que levo como uma marca de quem aportou por aqui ouvindo o barulho de ondas do mar. Vejo conchinhas por toda parte. E a minha parte é caminhar por espaços em branco. Nada é tão fluido quanto água,

De areia e barro também se faz a vida.

E aquelas pedrinhas coloridas vão girando em direção ao centro do mundo e para o outro lado do mundo. Leve. Leve estou leve sou leve vou. Leve-me! Sou construção nova a cada instante que viro e olho. Um simples olhar, já pude aqui mencionar, me comove e absorve com uma determinação de vento.

Às vezes sopra com tanta suavidade que ouço tilintares. Outras vezes é de uma intensidade tão particular que me tira do lugar e me vira do avesso. Agora estou indo. Direito. Meu direito. Sonho reto em direção ao alto por esse observatório colorido. Esse caleidoscópio. Imagens tantas que saem loas:

Assino muito agradecida.

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