domingo, 23 de setembro de 2007

A Comunidade da Casa Amarela

Geórgia, Tudo bem com você?



Escrevi algo sobre o sentido da ''casa amarela'', de Van Gogh. Não se trata de texto teórico. É a minha rápida recepção da obra. Para expandir o assunto, pensei que seria interessante criar '' Os amigos da/de Casa Amarela" : Comunidade que teria como objetivo fazer com que essa casa imaginária fosse 'reconstruída' ou ' habitada ' de maneira criadora. Deu para entender? Depois explico melhor.



Um abraço,

Jeane



Deu para visualizar. Na verdade, ver tudo pronto, bonito e amarelo! Por mim, com toda força, à guisa de realização, tudo começa agora. Neste exato instante, existe A Comunidade dA Casa Amarela.



Abraço,
Geórgia

sábado, 22 de setembro de 2007

A “casa sonhada de Van Gogh”

Por Jeane Guimarães*

Em maio de 1888, Van Gogh aluga por 15 francos, ao mês, a parte direita de um prédio de dois andares: ali nascia a possibilidade de fundar a sonhada comunidade artística. Van Gogh manda pintar a casa da cor amarela que para ele era ‘ a mais importante e simbólica’. Com a ajuda de seu irmão Theo, que lhe enviou 300 francos, a mobiliou modestamente. Finalmente, muda-se para a “Casa Amarela”, em meados do mês de setembro.


Ali viveu uma curta sensação de felicidade oferecida pela sua casa. Contudo, os seus problemas de saúde, as dificuldades financeiras, o seu conturbado convívio com o companheiro, o pintor Gauguin , entres tantos outros motivos, acabam impedindo a realização do seu sonho. Com a saúde fragilizada e tendo constantes crises, Van Gogh se interna em sanatórios para cuidar de sua doença. Em julho de 1890, acaba morrendo num quarto da hospedaria Ravoux .


O seu quadro “ A Casa Amarela”, foi pintado em setembro de 1888, nele todas as casas foram pintadas de amarelo ‘como se estivessem à sua disposição’. Talvez, esta obra seja a mais representativa do sonho de vida e arte de Van Gogh: ela é a imagem de um estado de alma. O gênio holandês pintou a sua exaltação, o que era naquele momento erigido do seu íntimo. Metaforicamente, poderíamos dizer que “ a casa amarela” de Van Gogh habita em todos nós o desejo de realização.

"A minha casa aqui é pintada por fora de amarelo -manteiga e tem persianas em verde-forte; fica, rodeada de sol, numa praça , onde também há um parque verde com plátanos, aloendros , acácias. Por dentro é pintada de branco e o chão é de azulejos vermelhos. E por cima, o céu de azul luminoso. Lá dentro posso com efeito viver e respirar e pensar e pintar".

Vincent Van Gogh*



*Jeane Guimarães é mestre em Literatura pela Universidade Federal de Pernambuco, com trabalho de pesquisa sobre o poeta chileno Vicente Huidobro. Domina as Literaturas de Língua Espanhola, curso concluído no Centro de Artes e Comunicação da UFPE.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Arre Siriema!

Arre Siriema! Avoa Cariama Cristata. Gruiformes tão chamando!!! Vai vai passear pela Serra Gaúcha. Porque só a região central do Brasil, e claro: Madagascar!, tem variedade tão grande. Tu e outras espécies, vais vivendo nesse cerrado virgem e mesmo nas regiões mais desenvolvidas do país.

Vai vai, Siriema fêmea, pondo teus ovinhos brancos, rosados e pintados de castanho, neste ninho. Vão macho e fêmea se revezando no cuidado das crias, chocando cada um ao seu tempo com toda paciência, os dois ovos. Sim, Siriema põe só dois. Daqui há 26 dias de vigília, os pequenos quebram a casca e piam.

Bora bora casal de Siriema, alimentar as duas crias, dia e noite, noite e dia. De par não dá, vai de bando. Vai achando comida pelo chão até que a noite chega e é certa a dormida empoleirada. Nos galhos mais baixos e (altos?) das árvores.

Toda Siriema se adapta a um clima, a uma e outra vegetação. Toda ela, quem entende sabe disso, é símbolo de força e resistência da natureza, que já por si mesma é tão combativa. Dá para ver que ave é Siriema. Basta olhar para cauda. Longa, longuinha. Com uma plumagem de cor cinza amarelado e finos traços escurinhos saindo.

Pode reparar, o buchinho da Siriema costuma ter tom mais claro. E o bico é da cor de quem luta o bom combate: Vermelho. Tem até uma crista, trazendo na testa um tufo. De penas longas, longuinhas, do tamanho de um palmo de criança. Conta uns 12 cm a depender da idade.
É uma das poucas aves que possue pestanas. Pia só que bonito!!! E tá nos cambitos a prova de que é ave grande. Chega a medir 70 cm de altura, chegando a quase um metro de cumprimento, 90 centímetros, vá lá. Pesando pouquinho, pouqinho. Tão pouquinho que um quilo e meio não dá.



Serve ao terrível bicho homem, e é considerado, mas só pelo humano que entende. E é em razão do que come. Do que toma por alimento. Devora vermes, ratos, outros roedores, insetos e pequenos répteis. A lista inclui, sem medo, cobras e lagartos.

sábado, 15 de setembro de 2007

Concurso de contos em Casa Amarela

Que Casa Amarela tem uma biblioteca popular, você já sabe. Talvez ainda não tinha a notícia de que é gerenciada, com toda energia, por Verônica Farache. O fato é que já deve saber também que a Bibliota Popular de Casa Amarela foi batizada com o nome do jornalista Alcides Lopes, numa homenagem da Prefeitura do Recife ao também escritor nascido em São Benedito, na mata sul do Estado. Fato que se deu na manhã de uma segunda-feira, dia 17 de outubro de 2005. Um ano depois da morte de Alcides Lopes. Reproduzo aqui a matéria do site da Prefeitura do Recife (http://www.recife.pe.gov.br/)

Prefeito sanciona Lei - 17/10/05 - Boletim eletrônico da Prefeitura do Recife

O jornalista e escritor Alcides Lopes, falecido em 2004, será homenageado pela Prefeitura do Recife. O Prefeito João Paulo sancionou, na sala de reuniões do seu gabinete, a Lei 90/05, de autoria do Vereador Carlos Gueiros, que denomina de Jornalista Alcides Lopes a Biblioteca Popular de Casa Amarela. Compareceram vários filhos, netos, e um bisneto do homenageado.“Estamos emocionados com o reconhecimento dado à memória do meu pai. Queremos agradecer aos vereadores, em especial a Carlos Gueiros e ao prefeito João Paulo, por esta demonstração de carinho a um simples e honrado cidadão”, disse Alcine Lopes, filho do jornalista.


Os familiares de Alcides comunicaram ao prefeito que estão doando à biblioteca o acervo de mais de 1.400 volumes deixados pelo jornalista.“Este gesto de doação vai ajudar a muitas pessoas da comunidade de Casa Amarela e da cidade. Este ato é uma modesta homenagem a quem tanto contribuiu para a história do Recife”, disse João Paulo.História - Alcides Lopes nasceu em São Benedito, mata sul do Estado, em 9/05/1912. Mudou-se para o Recife em 1945 para assumir a gerência da empresa Jornal do Commercio, onde ficou por 27 anos. Trabalhou ainda em jornais de vários estados e voltou a trabalhar no Sistema Jornal do Commercio entre os anos de 1974 até 1983. Após a aposentadoria passou a se dedicar à literatura e escreveu 10 livros. O jornalista faleceu no dia 4 de novembro de 2004.


No dia 05 de Setembro do ano passado, a decisão foi oficializada.


fonte: http://www.recife.pe.gov.br/: Boletim eletrônico da Prefeitura do Recife - 05/09/06


A Biblioteca de Casa Amarela da Prefeitura do Recife passa a se chamar Biblioteca Popular de Casa Amarela Jornalista Alcides Lopes. A homenagem foi oficializada em solenidade, no final da tarde desta terça-feira (5), na própria Biblioteca. Em outubro do ano passado, o prefeito João Paulo sancionou o projeto de lei de autoria do vereador Carlos Gueiros, instituindo a novo nome, prestando uma homenagem ao jornalista que trabalhou por 27 anos na gerência da empresa Jornal do Commercio. O ato contou com a presença do adjunto da Presidência da Fundação de Cultura do Recife, Fernando Augusto; representando o prefeito João Paulo na solenidade, do vereador Carlos Gueiros; além de familiares e amigos de Alcides Lopes.


A família de Alcides Lopes doou à Biblioteca um acervo com cerca de 1.400 livros deixados pelo jornalista, além de financiar a pintura do local e as placas com o novo nome. “Este é um gesto de inclusão social, dando acesso à cultura através dos livros”, afirmou Fernando Augusto. “Meu pai morou 62 anos em Casa Amarela. Quando ele morreu, decidimos doar seus livros para que o povo do Recife tenha a oportunidade de consultar esse acervo. E nada melhor do que na Biblioteca do bairro onde ele morou por tanto tempo. Assim, colocamos a serviço do público um acervo tão rico, que possibilitará o enriquecimento da cultura da população da cidade, além de fazer uma justa homenagem a Alcides Lopes”, explicou Alcine Lopes, de 72 anos, filho mais velho do jornalista.


(seguindo novamente informações sobre a biografia do jornalista e escritor)


Bom, o fato é que a Biblioteca Popular Alcides Lopes, de Casa Amarela, está promovendo um concurso de contos. Onde homenageia o contista nascido em Garanhus, Luís Jardim. De nome completo Luís Inácio de Miranda Jardim, nascido em 08 de dezembro de 1901, na cidade mais florida do Agreste do Estado, Garanhuns. Luís Jardim começou a carreira como escritor em 1928 com um artigo para um de nossos jornais. E entre seus livros mais famosos estão: Maria Perigosa e O Tatu e o Macaco, e o romance As Confissões do meu Tio Gonzaga.


CURIOSIDADE: Com o livro Maria Perigosa, Luís Jardim ganhou, em 1939, o Concurso Humberto de Campos. Ao qual também concorria o escritor Guimarães Rosa, sob o pseudônimo de “Viator”. Os responsáveis pelos dois votos que deram a vitória ao pernambucano foram: Marques Rebelo e Prudente de Morais Neto. E ambos, na seleção final, o escolheram para o prêmio: Maria Perigosa, do autor saído de Garanhuns. Diz a história que foi Peregrino Júnior o escolhido para solucionar o caso, desempatando em favor do sr. Luís Jardim.


Quem envia o edital para divulgação é a gerente de serviços Verônica Farache, direto da Biblioteca Popular de Casa Amarela Jornalista Alcides Lopes.


5º CONCURSO DE CONTOS LUÍS JARDIM - R E G U L A M E N T O

Recife, 26 de julho de 2007

Art. 1° - O 5º Concurso de Contos Luís Jardim abrange o gênero narrativo e tem como objetivos incentivar, descobrir e divulgar novos talentos na literatura pernambucana, no âmbito da Biblioteca Popular de Casa Amarela.

Art. 2° - A) O Concurso é aberto à participação de qualquer interessado maior de 18 anos.
- B) É vedada a participação no concurso de funcionários das bibliotecas públicas municipais.

Art. 3° - Os participantes devem inscrever um conto inédito com no máximo de três laudas. Cada pessoa pode participar com até dois textos; mas apenas um texto poderá ser premiado.

Art. 4° - Os originais devem ser enviados em cinco vias digitadas em Times ou Arial, tamanho 12, e impressas em papel A-4 (na cor preta, com espaço duplo e alinhamento justificado), assinados com um pseudônimo (que não deve ser um nome próprio), em um envelope grande (ofício).


Parágrafo único: Os originais devem estar acompanhados de um envelope (tipo carta) lacrado, identificado externamente apenas pelo pseudônimo, contendo (no seu interior) os dados de identificação do autor (pseudônimo, nome completo, endereço, e-mail, telefone(s) para contato e currículo resumido).

Art. 5° - Os textos devem ser entregues pessoalmente na Biblioteca Popular de Casa Amarela, situada à Rua Major Afonso Leal, s/n, Casa Amarela, CEP: 52070-160, aos cuidados da Comissão Julgadora do 5º Concurso de Contos Luís Jardim, recebendo, no ato, um Comprovante de Inscrição. Também são aceitas inscrições através dos Correios postadas até o último dia do prazo para inscrição.

Art. 6° - As inscrições estarão abertas no período de 03 a 28 de setembro de 2007, valendo como comprovante a data de entrega dos textos na Biblioteca ou a data de postagem nos Correios. A não adequação às normas aqui estabelecidas invalida a inscrição.

Art. 7° - Os textos inscritos não serão devolvidos, e não serão pagos direitos autorais.

Art. 8° - Os contos inscritos serão analisados por uma Comissão Julgadora composta pelos seguintes especialistas na área de Literatura:
1- Maria Lenice Gomes da Silva (Escritora e especialista em Literatura Infanto-Juvenil);
2- Neide Medeiros Santos (Doutora em Estudos literários pela UNESP);
3- Francisco Ferreira de Mesquita Filho (Professor, poeta e crítico literário);

Parágrafo único: A presidência da Comissão Julgadora cabe à escritora Maria Lenice Gomes da Silva.

Art. 9° - Os três primeiros colocados receberão os seguintes prêmios: 1º lugar: R$ 600,00 (seiscentos reais); 2º lugar: R$ 400,00 (quatrocentos reais); e 3º lugar: R$ 300,00 (trezentos reais). Também serão concedidas (02) menções honrosas.

Parágrafo único: A referida premiação será paga mediante apresentação da Carteira de Identidade, CPF, comprovante de residência, inscrição no PIS/PASEP e comprovante bancário.

Art. 10 - O resultado do 5º Concurso de Contos Luís Jardim será divulgado no dia 20 de novembro de 2007 e a cerimônia de premiação ocorrerá no dia 06 de dezembro do corrente, na própria Biblioteca, onde será distribuída uma plaquete com edição dos (05) cinco contos selecionados.

Art. 11 - As dúvidas e os casos omissos serão decididos pela Comissão Julgadora. Ao se inscrever no 5º Concurso de Contos Luís Jardim, o candidato está automaticamente concordando com todos os artigos deste Regulamento.

Art. 12 - Da qualidade dos contos concorrentes não caberá qualquer recurso, ficando esta medida adstrita às condições extrínsecas do concurso, dispostas nas cláusulas deste Regulamento, que será julgado pelo Diretor Presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, em segunda instância.



quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Aventuras de Alice no País.... da Casa Amarela


O matemático e escritor inglês Charles Lutwidge Dodson vai perdoar-me a intertextualidade. Até porque era ele detentor de um equívoco muito maior, para não dizer "pecado hediondo". Eu, de minha parte tomo apenas - a parte - o título por inspiração mesmo. Enquanto Carroll, de sua feita, tinha uma obsessão por ainda meninas. Alice Lidell, filha do chefe (ou da época: deão) da Christ Church, que deu origem à Universidade de Oxford, que tinha apenas dez anos de idade, foi sua paixão platônica mais duradoura.


Platônica. Pelo menos no que afirmam os livros. Embora seja de realidade muito matematicamente precisa a reação de Alice ao comer, primeiro, um pedacinho do bolo "com ansiedade" e depois se perguntar (em loucura - grifo meu) "E agora? E agora? - colocando a mão em cima da cabeça, a fim de sentir se estava crescendo ou diminuindo. E ficou bastante surpresa de ver que continuava do mesmo tamanho". Embora logo depois as paredes se estreitem e o céu lhe caia sobre a cabeça.

Instiste o autor, em título real: "Alice's adventures in Wonderland" - que em pouquíssimo tem a ver com o que serviu durante anos como título traduzido: "Alice no país das maravilhas". Onde já se viu! Maravilha é esse país debaixo dos trópicos onde nada se vê e ninguém é responsável por um número cada vez maior de adolescentes grávidas - perdoem-me os caríssimos ou nenhum leitor.

Mas estava a concluir o parágra, o senhor matemático, que "continuar do mesmo tamanho é o que geralmente acontece - e aí depende muito do ciclo ou insidência as oscilações de humores e fluxo regidos por luas - quando se come bolo, é claro;"

Em galhofa de singular pedantismo, analisa a reação da menina: "mas Alice estava tão acostumada a só esperar coisas extraordinárias que agora parecia maçante e enfadonho as coisas acontecerem de modo comum. Portanto, pôs mãos à obra e devorou o bolo de uma vez".

Segue-se ao parágrafo reações descompensadinhas de Alice. Não é de se estranhar que a Wall Disney tenha escolhido a cor "magenta" e sorriso tão cínico sem qualquer injustiça para com o gato. Terrível. Muito pertinho de um personagem de filme de terror.








Nota 1: A leitura é possível graças ao Círculo do Livro S.A. (São Paulo, Cx Postal 7413), que publicou a nova versão, em nada parecida com a anterior traduzida com superficialidade, concedida a nós mortais em versão mais "pura" por Sebastião Uchoa Leite.


Nota 2: Detalhe importante: Informa o Wikipédia, que Carroll, ou melhor, Lutwidge Dodson, jamais se casou.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Flores Amarelas



Elas estão com tudo no bairro...
É claro: vem chegando a Primavera...






Bastasse o sobrenome. Já se sentiriam parentes!









Ainda há o delicado
perfume, que combina com o lugar.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

(foto fantasia)

A Casa dos Doces é o lugar para se cometer o pecado da gula, em Casa Amarela. São tortas de bem-casado, crocante de chocolate, alemã e menta, o maravilhosode bolo de noiva, além de docinhos de frutas, como cereja, ameixa, abacaxi e maracujá. A sobremesa Tijolinho Prestígio, de coco com chocolate e muito leite condensado merece o destaque. Outros diferenciais da casa são a queijadinha ao forno e as quiches doces de brigadeiro e prestígio.

Entre os salgados, as opções são as tortinhas de frango com catupiry ou camarão, as coxinhas e os pastéis. Aceita encomendas e entrega em domicílio. Para melhorar os serviços e controlar a qualidade dos produtos, a proprietária Cristiane Luiza do Nascimento sempre telefona para os clientes no dia seguinte à entrega para obter feedback.

Estrada do Arraial, 3666, Casa Amarela (claro!)
Telefone para contato: 3268-4849
Aberto todos os dias da semana das 10h às 19h